sábado, 3 de abril de 2010

Absolutismo Divino

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. (1Tm. 2:5-5)
"L'État c'est moi" (O Estado sou eu). Luis XIV

Observemos o mundo no qual vivemos, as diferenças são o que move-o.Todos nós estamos sujeitos a nos deparar com situações nas quais jogo de cintura para lidar com as incompatibilidades é mais do necessário, se não, nada anda.Ainda assim, vemos nos dias de hoje unilateralismos inconseqüentes.
Estava certa vez refletindo sobre o ano de 2008/2009 e pamz quando me lembrei do quão intolerante eu era em relação a opinião alheia contraria a minha.Mesmo que não me manifestasse drasticamente, existia sim um sentimento de arianismo ideológico da minha parte e isso, muitas vezes me fazia refletir.As discussões tangiam o campo do questionamento: ‘’ quem é o verdadeiro deus’’.Trabalhemos, pois, com esse campo.
Quem é verdadeiro Deus, pergunta um pouco difícil, aditam. Desde já coloco meu ponto: Não há deus verdadeiro. O mundo é muito grande, ninguém nunca atingiu o conhecimento pleno, afirmar tal coisa desconsidera e desrespeita outras culturas. O deus islâmico, para os muçulmanos é o único deus, e deus cristão o satanás ( que é inimigo), como também os cristãos consideram Yaveh o deus verdadeiro, e acham Krishina o verdadeiro satanás.É como na aula de física, onde seu professor te pergunta: -‘’ X ta em movimento ou em repouso? Aí você responde: ‘’-Depende do referencial adotado!”Justamente, só essa metáfora aí mata a questão.
Ora, cultuamos o deus ‘’euro-judaíco’’, não? Antes dos colonizadores chegarem ao Brasil os índios cultuavam elementos da natureza, não havia essa coisa de cruz e espada.Embora sistematizado, tudo era simples.Toda essa influência cristã que sofremos até hoje nada mais é que o fruto do imperialismo europeu, mais uma vez, entrando em cena.
Acho que foi tudo uma questão de contato. Se tivéssemos sido colonizados por outra nação, cujos hábitos são voltados ao culto do deus Y, por exemplo, hoje diríamos que Y é o verdadeiro deus, e não Mr. J., como uma boa maioria das pessoas afirmam, por exemplo.Por isso é desrespeitoso apontar o dedo para uma pessoa e subjugar a sua cultura, afinal, não há verdade absoluta, analisando causas e efeitos.Então porque o deus levado pela expansão marítima européia para os outros países tem que ser melhor? Não tem.
Por fim, finalizo esse meu segundo texto defendendo a relatividade. A beleza ou a feiúra está nos olhos de quem vê.Não importa como os outros vêem, cada um sabe(ou pelo espera-se que saiba) os prós e contras de ver o mundo da forma que deseja.Acho que é válida a luta contra os cabrestos ainda presentes nas vidas das pessoas nos dias de hoje, esses, que não possibilitam uma visão ampla de como a vida realmente é, ou pode ser.